14 de março de 2012

Correria...



No mundo de hoje em dia a palavra é correria.

Você come correndo, fala correndo, trabalha correndo...

E quando vê terminou o dia! Quanta Alegria!



Ai vem a noite e a correria aumenta...
Corre! senão o sinal fecha... Corre! senão o ônibus passa...
Corre! senão os filhos crescem... Corre! senão o amor desgasta...
Corre mais não precisa ter pressa,
Faz tudo com calma... 24h é tempo à bessa!


E assim a poesia do dia-a-dia se desenha,
E o fim-de-semana? Passou correndo... que Deus o tenha!"
(Bruna Costa) 


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Hoje é o dia Nacional da Poesia... Que dia especial!! Eu amo poesia!! O poeta é um diferenciado, responsáveis pelas melhores relíquias literárias..

Um dos muitos poemas que escrevi está logo acima... Intitulado de "Correria" acho que ainda se encaixa nos dias de hoje. Feito luva nas mãos. Deixo aqui também umas frases que são conhecidas de todos... 

E quem ainda não se rendeu, certamente se renderá ao encanto do poeta... a magia da poesia...


"O amor é fogo que arde sem se ver...
É ferida que dói e não se sente" (Luis de Camões)

"Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure" (Vinicius de Moraes)

"Permita que eu feche os meus olhos
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora, 
e cantando pus-me a esperar-te" (Cecília Meireles)

VIVA A POESIA!!!

10 de março de 2012

Como a perda nos ensina?

A morte é como um fantasma. Não podemos ver, nem saber se está perto ou longe de nós. Mas sabemos que existe e como temos medo, preferimos pensar que não existe...

Todo mundo tem medo da morte, talvez porque embora hajam crenças diferentes que confortem esse momento, a verdade é que ninguém sabe ao certo o que vem depois. E o desconhecimento sempre assusta. Ou talvez seja porque amamos, e ninguém quer deixar ou perder quem ama.

Uma vez eu vi a morte de perto. Me pareceu fria. Me pareceu assustadora. Mas também foi transformadora. Porque nessas horas a gente sempre para pensar na vida... no que fez, no que deixou de fazer, nas pessoas que vão ficar... E me dei conta que muitos defeitos que eu tinha preguiça de mudar ou  orgulho em admitir, podiam facilmente ser mudados. Percebi que eu não dizia sempre para as pessoas que eu amo, que as amava. Pensei em como eu podia ser melhor filha, melhor amiga. E lembrei que fazia muito tempo que não rezava... Mas senti Deus ali, em cada segundo. 

Não sei se é mais difícil partir ou perder alguém que a gente ama. Talvez perder alguém seja pior, porque a gente fica.. e quem fica sofre, sente dor.. sente saudade... sente um vazio enorme, como se um pedaço de nós tivesse sido arrancado. Quem fica lembra que não pode mais tocar, não pode mais dizer o que não disse, nem fazer o que não foi feito... só pensar, lembrar, sentir, rezar.

Uma vez, eu ouvi, que aqueles que amamos nunca nos deixam por completo. Agora, vejo isso como uma verdade. Porque o amor, quando verdadeiro, não é um sentimento de corpo e sim de alma. Fica gravado, selado em brasa. E a alma é a única coisa que levamos da vida. E, mesmo quando perdemos alguém, sempre temos as lembranças... e em diversas situações da vida, quando a saudade bate, parece que a gente lembra exatamente como seria se aquela pessoa estivesse ali, o que ela diria e o que faria. Isso porque ela está presente em nosso coração. E podemos ouvir...

Não há nada que torne a morte mais fácil, nem mais difícil. Mas irremediavelmente todos vamos ter que encará-la de frente. Cada um do seu jeito, a sua maneira. E por isso, que devemos viver a vida jogando as coisas fúteis de lado e nos transformando sempre pra melhor. Deixando arrogâncias, prepotências, pré-conceitos, invejas... e substituindo-as por amor, compaixão, gentileza, caridade... Sempre é tempo de se transformar. Começar a viver da melhor maneira.

Para aqueles que perdemos o amor nunca muda. O amor nunca morre. E o tempo sempre acaba nos mostrando... 

Um dia a dor diminui... passa... Em meio as perdas e em meio as transformações... a gente acaba percebendo...

O verdadeiro amor... esse sempre levaremos conosco.

7 de março de 2012

Como num rio...

         Eu ainda não tinha contado o que me fez encontrar novamente a inspiração para escrever... Às vezes, nos deparamos com pessoas especiais... gênios, com um dom maravilhoso, como o da autora e roteirista Lícia Manzo, da novela "A Vida da Gente". E que dom!  Sua genialidade está nas palavras, no poder que ela têm de colocá-las de forma tão perfeita à ponto de tocar bem fundo o nosso coração.
         Foi o texto e a cena deste texto que reascenderam meu coração para a paixão de escrever... E não importa quantas vezes eu leia e veja, fatidicamente, as lágrimas escorrem pelo meu rosto... 
      Então, como em homenagem e sincero agradecimento a esta escritora, coloco as cartas que os personagens Ana (Fernanda Vasconcelos) e Rodrigo (Rafael Cardoso) escrevem um para o outro, quando descobrem que sua história de amor já tinha acabado... Mais abaixo, eu coloco a minha versão das cartas... como eu escreveria. E se por um milagre de Deus, algum dia Lícia Manzo lesse esta postagem, eu diria para ela "Se algum dia eu crescer, que eu seja ao menos parecida com a grande escritora que você é!"

Curtam essa magnífica aula de escrita. E se sobrar um tempinho, vejam minha versão logo abaixo! Valeu!

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Rodrigo
Ana, minha querida,
Dizem que o amor acaba, que o amor termina. Mas não é verdade. Nada acaba, tudo dura, continua e se transforma.
Enquanto eu aguardava aquela cirurgia, mil anos se passaram. As duas estavam lá dentro e eu pensava: “se acontecer alguma coisa com elas, eu morro!” Dizem que passa um filme da nossa vida na nossa cabeça. E por isso eu vi: vi vocês duas, meninas, chegando na nossa casa. Vi nós três juntos, ainda pequenos e tantos e tantos momentos. Vi você erguendo taças, troféus. Tua imagem na revista, inacessível, distante da criança que eu era. E que você era também.
Depois a nossa fuga de casa, veio o nosso medo, veio a nossa coragem, veio o salto sem rede que tantas vezes se chama amor.  Vi você indo embora, sendo levada de diferentes formas, tantas e tantas vezes. E depois vi você voltando e no fundo de seus olhos, como num rio, tudo que a gente não tinha vivido. A partir daí eu me vi dividido entre dois amores, entre duas vidas: uma que eu estava vivendo e outra que eu jamais tinha podido viver.
Durante os meus piores momentos enquanto eu aguardava naquela sala, foi como se a doença da nossa filha tivesse me curado. Eu entendi que não tinha mais divisão nenhuma. O que tinha sido vivido, o que tinha ficado pra trás, tudo, era parte de uma mesma história, de uma mesma vida e de um mesmo sentimento: amor. E foi então que eu vi nós dois juntos cruzando a fronteira.

Ana
Como se eu tivesse alcançado a outra margem de um rio. O rio onde a gente se amou pela primeira vez, o rio do meu acidente, mas sempre um rio. E porque naquele momento eu precisava ser forte, finalmente, sem escapes, eu consegui atravessar aquele rio eterno. Como se num instante, eu tivesse vivido todos os anos que ainda estavam parados em mim, me esperando.
Do outro lado da fronteira, que sem perceber nós já tínhamos cruzado, uma infância compartilhada, uma adolescência truncada, uma juventude não vivida. Do lado de cá, dois adultos maduros finalmente libertos daquele fardo pesado feito de lembranças, de sonhos antigos. Porque há novos sonhos do lado de cá da fronteira. E agora podemos viver!
Veja Cena clicando aqui
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Minha versão:

Rodrigo
Ana, minha querida... 
É engraçado como a vida encontra as maneiras mais inesperadas e às vezes mais difíceis, para nos ensinar que o amor verdadeiro é a única forma de viver plenamente. 
Me lembro, como se fosse agora, enquanto a cirurgia acontecia eu só pensava: 'E se acontecer algo com a Júlia? E se acontecer algo com a Manu? O que vai ser da minha vida sem elas?' Foi então, que depois de alguns minutos me fazendo essa pergunta, eu percebi que não haveria vida. Sem elas, estaria morto.
O tempo passava e toda a nossa história juntos passava na minha cabeça... lentamente... como se a minha mente tivesse voltado no tempo... Mas era tudo tão real que eu podia sentir as sensações, a realidade das lembranças. A nossa infância juntos... todos os torneios que você ganhou, todas as nossas brigas de adolescência, e o rio... O rio que uniu nossas almas, nossos corpos... O rio que te levou pra longe de mim por muitos anos... O rio onde a perfeição do nosso amor se materializou.

E enquanto o medo tomava conta de mim, sentado naquela cadeira, finalmente entendi que a nossa história sempre esteve viva, a cada segundo do meu dia, se tornando para mim e pra você o único sentido da nossa existência. Porque o que seria de nós sem a nossa filha?
Eu percebi que desde o início não haviam divisões, e que todas as lembranças do passado, faziam parte de um presente e de um futuro. Todas faces de uma mesma vida, de um amor tão puro, que foi capaz de transformar a mim e a você.
Naquele momento, foi que eu compreendi, olhando nossas fotos de criança, que o nosso rio já tinha passado e que nós também passamos por ele, juntos.


Ana
De repente, aquele rio ganhou um novo sentido. O rio onde tivemos coragem de assumir um amor antigo, o mesmo rio que tornou meus olhos selados enquanto a sua vida seguia a diante. E quando eu acordei, foi como se eu tivesse parada, querendo chegar à outra margem, querendo viver o amor que não foi vivido. Mas foi. Porque o nosso amor foi tão forte, tão verdadeiro, que nos trouxe a Júlia. E foi capaz de transformar aqueles meninos assustados nos adultos que sempre quisemos ser, nós três.
Porque tudo muda. Os sonhos, os amores, a vida. E não se pode viver de lembranças, nem querer que as lembranças se transformem novamente na mesma vida. Até mesmo o rio nunca é o mesmo. As águas sempre se renovam. E o nosso rio seguiu seu curso, desaguou em novas águas e deu lugar para novos sonhos. 
Eu olho para trás e vejo dois adolescentes... imaturos... querendo abraçar o mundo com as mãos... se transformando em adultos maduros, capazes de entender que o mundo não pode ser abraçado. Ele é só um lugar onde a vida deve ser construída, com amor e felicidade. E agora, livres de todas essas lembranças, curados, um novo horizonte se abre pra nós. Porque os sonhos nunca morrem, eles só se transformam. E agora, finalmente, estamos prontos para vivê-los.
Bruna Costa
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Espero que tenham gostado! Obrigada a Lícia Manzo não só pelo magnífico trabalho e pela sua genialidade, mas por usar um dom tão bonito, para fazer coisas grandiosas, emocionar as pessoas, e trazer essa jovem escritora cheia de sonhos, a continuar com sua paixão pela escrita.

4 de março de 2012

Interrogações e Exclamações

O que é a vida??
É um dom, uma arte prática que se inicia no seu nascimento e que termina de acordo com a sua crença... 


Qual sentido da vida??
Para mim é crescimento, evolução. Preparar-se para algo maior, melhor. 


É possível viver sem amar??
A vida sem amor é um retrocesso.


Porque??
Assim como não é possível que uma pessoa sobreviva sem ar, também não é possível viver sem amor, mesmo que seja somente o amor por si mesmo. Embora aquele que ame somente a si, acaba vendo que sua vida não tem sentido, porque o egoísmo é o caminho mais curto para solidão. E ninguém vive sozinho.


A vida muda??
A vida, as pessoas, as estações, as famílias, o curso das águas, a posição da terra... e você. A cada minuto algo acontece e te transforma, mesmo que você não perceba essa mudança.
Experimente pegar um álbum de fotos de 10 anos atrás e veja como era diferente.. não só na aparência física, mas tente lembrar dos seus sonhos naquela época... quem eram seus ídolos? com o que você ocupava seu tempo? quem você amava? E veja que tudo ou quase tudo mudou de alguma forma...


Existe alguma coisa que não muda??
O tempo... ele assiste as mudanças, mas não faz parte delas.


Ah... tem outra coisa também, a minha paixão pela escrita e a felicidade que sinto com sua visita ao meu blog. Isto também não muda. Eu parei muitas vezes, mas acabo sempre voltando a escrever. Espero que desta vez eu fique e que você curta.


Compartilho aqui minhas experiências e o que aprendi. Espero que você aprenda também e que me ensine, pois todos nós ainda estamos engatinhando neste universo tão desejado e desconhecido da vida. 


Corajoso é quem procura entender os questionamentos da vida, pois das respostas vem a evolução espiritual que Deus concede!


Então vamos as ??? e !!! 



Fique à vontade... a casa é sua!!