12 de outubro de 2013

Feliz dia das crianças!!

Se eu pudesse voltar a ser criança,
Entraria na ciranda da Dona Aranha antes de ela subir pela parede,
Eu comeria algodão doce de batata doce,
Contaria as estrelas à noite antes que uma verruga nascesse...

Se eu pudesse voltar a ser criança,
Eu apertaria a campainha do vizinho e sairia correndo antes que ele me visse,
Eu seguiria todos os coelhos brancos até encontrar o buraco de Alice,
Eu pularia amarelinha, jogaria bola, pique-parede, pique-cola!
Contaria os dias para a aula de Educação Física na escola...

Se eu fosse criança outra vez,
Ficaria hipnotizado na frente da TV...
“Porque? Ora mãe, porque hoje é dia de: Aquaman, Jaspion, Caverna do Dragão, Coelho Ricochete, Pica-Pau, Cavaleiros do Zodíaco, Ursinhos Carinhosos, Dragon Ball-Z, He-man, Shera, Cavalo de Fogo, Manda-chuva, Tom e Jerry...
E por isso que eu preciso de... Amigo, rua – rua, amigo e depois TV...
Vai mãe, deixa?”
“Primeiro a lição de casa e depois a gente pensa...”

Que graça tem em ser adulto?
Conta, estresse, mais conta, trabalho, mais conta, falsidade, inimigos de verdade...
Complicações de um mundo onde tudo é duro...
Bom mesmo é quando vem a nossa criança ou a criança do vizinho
E, bobalhões, voltamos no tempo onde tudo era colorido...

Ah, como eu queria ser criança de novo...
Por isso me juntei à massa e procurei meu mais divertido look...
E to lá no perfil do Facebook,
Sujo de sorvete, atrevido, inocente, sem um dente...
Um pingo de gente que queria ser gente
E agora que é, quer ser meia gente de novo...

Mas, espera aí...!!

- Mãe, é verdade que todo adulto é uma eterna criança?
- Não menino! Quem te ensinou isso? Adulto é adulto e criança é criança... Um dia você vai entender!!
E triste, olhei para minha mãe desiludido, lamentando que quando fosse adulto não seria criança de novo...
Mas tudo mudou, segundos depois, quando minha mãe encostou o dedo polegar nas bochechas, um em cada, abriu as mãos de maneira que os dedos ficaram eretos e afastados um do outro...
E, debochando da minha cara de lamento, revirou os olhos, mexeu a cabeça de um lado para o outro, e girando o polegar nas bochechas iniciou seu coro:
“Enganei o bobo, na casca do ovo!”

E foi então, que ser adulto, passou a ser divertido...


Feliz dia das Crianças!  (Bruna Costa)

Que tal uma boa leitura??

No dia mundial da leitura, deixo aqui um dos meus textos mais fabulosos de se ler na minha opinião. O autor é Guiseppe Ghiaroni e o texto se chama O Monólogo das Mãos!
Boa Leitura!!!!

"Para que servem as mãos?

As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder, ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar, confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar, acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir, reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever......

As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau, salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário;
múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena;
foi com as mãos que Jesus amparou Madalena;
com as mãos David agitou a funda que matou Golias;
as mãos dos Césares romanos decidiam a sorte dos gladiadores vencidos na arena;
Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência;
os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte!

Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros Judas não encontram.

A mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda;
o operário construir e o burguês destruir;
o bom amparar e o justo punir;
o amante acariciar e o ladrão roubar;
o honesto trabalhar e o viciado jogar.

Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba!

Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!

As mãos fazem os salva-vidas e os canhões;
os remédios e os venenos;
os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva.

Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas protegemos a vista para ver melhor.

Os olhos dos cegos são as mãos.

As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes;
no volante da aeronave atiram-nos para as alturas como os pássaros.

O autor do "Homo Rebus" lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida;
a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem.

Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.

A mão aberta, acariciando, mostra a bondade;
fechada e levantada mostra a força e o poder;
empunha a espada a pena e a cruz!

Modela os mármores e os bronzes;
da cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas eternas da beleza.

Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza;
doce e piedosa nos afetos medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos.

O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade.

O noivo para casar-se pede a mão de sua amada;
Jesus abençoava com as mãos;
as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.

Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar.

Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.

E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.

Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.

E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.
E as mãos dos amigos nos conduzem...
E as mãos dos coveiros nos enterram!"

11 de outubro de 2013

Recomeçando!



Renovaste-me as forças,
Esvais-te meus medos,
Quando toca-me com a ponta dos teus dedos,
meus lábios tremem e desfaleço
Faz comigo um pacto e envolta em teu abraço,
Ondas de desejo me aconchegam

Vê meus olhos perdidos em lua
Refletidos no oceano do teu olhar
E ali, nus, acaricia-nos a chuva
Sob brilho do mar que nos inunda

Como as sereias, mais belas criaturas
Misteriosas em seu canto
Hipnotizam os amantes que não amam

Mas tua magia não é mística é real
A tua voz foi quem me cativou
E como nos contos,
Bastou um olhar
Para inundar meu peito de amor:
Insípido,
Inodoro,
Incolor,
Imortal...

Autora: Bruna Costa





19 de janeiro de 2013

Looking at the stars...


Eu me lembro de ficar sentada no quintal da minha casa olhando as estrelas, contado-as mesmo morrendo de medo de amanhecer com uma verruga... O que me fascinava era aquela sensação de infinito, de mágica que só as estrelas têm... Há milhares de quilômetros de distância, elas são hipnotizantes aos nossos olhos, e não nos importa que de perto não fossem tão belas assim.

Sentia-me um pouco parecida com aquela constelação, porém eu era uma estrela ao avesso. De perto não tão bela, por dentro uma alma boa que fazia muitas pessoas sentirem-se bem. Nunca tive milhares de amigos, mas sempre tive os verdadeiros, aqueles com quem eu podia contar, que eram estrelas, não cometas, e assim aos poucos fui formando minha constelação particular.
Embora eu tivesse bons amigos, nenhum deles sabia dizer o que pairava em meu pensamento quando contava as estrelas, nem a razão dos poemas que eu escrevia, nem porque eu sentia que faltava algo em mim, e que seja lá o que fosse impedia minha conexão com o universo, comigo mesma.

Longos anos foram necessários para que as coisas finalmente fizessem sentido, mas fizeram. Uma vez eu ouvi que Deus não faz milagres, o que ele faz é nos dar oportunidades para que possamos decidir tomar uma decisão extraordinária, aquela que vira nossa cabeça pra baixo, nos deixa totalmente perdidos com o mundo em nossas costas, morrendo de medo das conseqüências, mas com mais medo ainda de ser covarde e continuar infeliz, sem sentido algum na vida. É então que dizemos sim as oportunidades da vida e a transformamos como Deus transformou a água em vinho, para nos mostrar que só nós podemos mudar os caminhos, mesmo não sendo fácil fazer isso.

Deus nos provou que a maior das adversidades pode ser superada, afinal quem disser que atravessar o mar a pé, ou dividi-lo ao meio e fácil, só pode estar drogado ou algo do tipo. Nós somos o milagre e Deus a oportunidade. Quando acreditamos no seu plano somos capazes de enxergar os sinais da vida e agarrá-los.

Aquela adolescente que contava as estrelas, hoje é uma mulher que finalmente preencheu um vazio no seu peito, finalmente entendeu o seu lugar no céu. O amor verdadeiro nos transforma e a sinastria da alma nos faz perceber que a nossa alma gêmea é a única capaz de fazer todo sentido... de fazer que o milagre aconteça.

Ninguém jamais vai me virar do avesso, me destruir, me deixar sufocar, tirar meu sono, alegrar minha vida como você faz... Porque existe só uma estrela capaz de unir-se conosco, capaz de nos tornar radiantes, admiráveis a qualquer olhar... Não há nada melhor nesse mundo que olhar o céu e não precisar mais entender aonde é o seu lugar.

O amor nos dá isso: um lar, um sentido, um milagre, uma vida extraordinária...

Bruna Costa