2 de agosto de 2010

Poema - Caminho

Este poema é de minha autoria. Espero que curtam.

"Caminho no escuro e sigo meus instintos
Até que ponto estou certa ou errada
Também é mero palpite...

Os outros vêem o que eu vejo,
mas não podem sentir o que eu sinto

Caminho no escuro e sou o melhor que eu posso ser
Preciso viver para aprender
e amar para sobreviver

Procuro a luz no fim do túnel...
Mas em que túnel estou?

Às vezes é preciso morrer
Para poder dizer que se viveu por amor!"

17 de julho de 2010

Deus não tem credencial...

     Com todo respeito que merecem todas as religiões do mundo, a mais pura verdade é que Deus não tem credencial... Se tivesse, deixaria registrado, de alguma forma, o nome da marca verdadeira que deveríamos usar pra evitar a pirataria ou coisa do tipo.
     Sou sempre em prol da liberdade, até porque se tem uma verdade, se chama livre-arbítrio. Este foi o melhor presente que recebemos: a capacidade de escolher nossos caminhos. O único problema é que se esquece, por muitas vezes, da regra básica: Toda causa tem um efeito. Então se você escolhe roubar ou matar o efeito será um e se escolhe ajudar o efeito será outro. E, em ambos os casos a decisão partiu de você.
    Mesmo sabendo disso, de onde sai a mania de dizer em alto e bom tom "Deus não me vê, se visse ele estaria vendo meu sofrimento" ou "Deus, porque me abandonastes?". Ora... quanta hiprocrisia... como se Deus nos obrigasse a tomar um caminho ou outro. Como se propositalmente ele nos empurrasse para um caminho, descalços, pisando em cacos de vidro. Deus não escolhe por nós. E se pensarmos um pouquinho, sem atribuir a ele a máxima culpa de nossas injúrias, veremos que nós mesmos, em decisões erradas ou precipitadas, que escolhemos o abismo ao invés do chão firme.
    Acho difícil existir, dentre aqueles que tem fé, alguém que discorde da infinita bondade e justiça do Criador. Mas se há concordância da sua justiça e sua bondade, algumas coisas ficam um pouco incompreensíveis entre nós, homens. Por exemplo: Sempre ouço, em lugares distintos, que Deus é justo e bondoso e por isso que ele nos deu a chance de nos redimirmos e seguirmos em busca da vida eterna. Devemos fazer isso em uma única chance, ou só nos sobra a chama eterna do fogo do inferno... Bom, mas se Deus é justo e bom, e quer que alcançemos a vida eterna em seu reino, certamente ele sabe, em sua Oniciência, que não podemos fazer isso em uma só vida.
     Podemos sim evoluir, se assim quisermos, mas daí para ser digno de estar perto de Deus em sua soberania, precisaremos de muito mais provas que estes anos de vida na terra nos dão. Se não fosse assim, se não tivessemos outras chances até alcançar a perfeição, qual seria a lógica dos bebês que morrem antes mesmo de decidir entre o bem e o mal? E as crianças? Será que o Senhor em sua justiça, daria a eles a convivência eterna, sem que precisassem passar por nenhuma provação? Seria justiça conosco? Se pensarmos que a missão da criança é ser uma expiação para os pais e fonte de seu crescimento, então não há injustiça. E quanto as desigualdades? É justo que um tenham abundância e outros miséria? Ou será que na verdade, existem coisas que devemos aprender em uma causa e outra? Sendo assim, um dia todos passaremos por isso. Se não agora, em outra oportunidade.
      Até que ponto verdadeiramente entendemos a fé que professamos? 
      Eu vejo minha vida, como apenas mais uma, no longo caminho que ainda tenho que percorrer para chegar a Deus. E sendo sua criação, fui feita humilde e ignorante. Mas conforme eu entendo que estou aqui para evoluir e aprender nesta escola, percebo que quando voltar ainda devo ser humilde e não mais ignorante, pois terei ao longo da jornada, aprendido a ser um espírito puro, como são os anjos aos quais rezamos toda noite.
     Quero evoluir e alcançar a perfeição, mas já perdi, há muito, a pretensão de fazê-lo em uma única chance.
     Todavia, como posicionado no início, sou a favor da liberdade, o que significa que há virtude em todos que não partilham da minha crença...

14 de julho de 2010

Sobre o mar...

      Eu posso ter o maior dos problemas que uma tarde no mar renova as minhas forças. Parece que meu espírito em meio ao seu canto, encontra a paz que em algum momento perdeu. Não sei se pelo efeito divino que sinto ao tocar meus pés na areia fria vespertina. Não sei se pela melodia que inunda meus ouvidos no quebrar das ondas... Sentada ali, contemplando-o, meu espírito encontra a si mesmo e conecta-se cm o universo. Tenho paz...
      O mar guarda em si tesouros incontáveis. Foi por ele que os colonos avistaram esta terra e tantas outras. Viu navegar, em navios, sonhos de uma nova vida e o ínicio de uma vida escrava. Guerras de civilizações, de piratas... E aqueles que partiram e jamais voltaram para casa. Mundos reais e imaginários, sereis, cavalos mágicos, moluscos gigantes, dinossauros, povos que sob a ira de Poseidon se prostavam.
       Este mar que muitos sonhos em forma de desejo se depositaram, separa cidades, guarda segredos, é infinito, ilimitado...
       Mas, para mim, o mar é antes de tudo um refúgio. Me devolve a alegria pela vida, recorda que sou um com o universo. Basta sentar em suas areias e ouvir seu canto. Não há mais tristeza, nem prantos. Só me resta o reecontro com a vida, comigo mesma, com meus sonhos.
       Enquanto meus olhos assistem o crepúsculo, meu espírito se perde nas ondas... Lembro que a vida assim como elas, as vezes é forte, as vezes está branda. A vida é uma onda...
       Quando dou por mim a lua já está a me olhar. E o mar, sem pressa, parece não querer me lembrar que já é tarde e preciso voltar...

3 de julho de 2010

Quando

Quando eu acordo de manhã eu tenho um novo dia.
Quando eu me deito eu espero que amanheça.
Quando eu reconheço meus erros sou humilde e quando não os reconheço não aprendo.
Quando apóio meus amigos sou refúgio e quando peço apoio estou perdida.
Quando consigo ser forte sou otimista e quando fraquejo busco forças.
Quando não sei o caminho me informo e quando sei não sinto medo, nem receio, confio em minha capacidade.
Mas quando eu sou fraca é que preciso ser forte
E quando durmo quero acordar
Quando ajudo é porque me importo e quando peço é porque confio
Quando digo 'perdão' eu cresço e quando aceito reconheço que todos erram.
Eu sou as minhas emoções e a forma como as conduzo. Sou o resultado de sua soma e de sua ausência.

Mas sou sempre eu... Em construção

Autoria: Bruna Costa

24 de junho de 2010

Clichê de Julieta

Hoje assisti à um filme de Titulo "Cartas para Julieta". Um romance épico que retorna ao famoso conto Shakesperiano retratado em uma história nos tempos atuais. Para quem gosta e ainda se encanta com histórias de amor é uma boa pedida.
Ao terminar de assistir o filme pensei: "Onde estão os Romeus e Julietas do nosso mundo?"

Muitas pessoas hoje em dia, pra não dizer a maioria, encaram o romance como um clichê que só existe em contos de fadas. Depois de um tempo, quando o período inicial da paixão passa, a rotina se torna um trator que atropela o amor criativo e romântico da vida dos casais. A banalização do sexo só vem contribuir pra isso. Uma noite romântica, com quem gostamos, não necessariamente traz o sexo como "Grand Finale". Sexo não deveria ser uma obrigação e sim uma consequência.

Não obstante a isso, a facilidade de beijar alguém nas baladas da vida ou até mesmo a liberdade de hoje torna ainda mais complicada a vida para o amor considerado antigo. Pra que perder tempo só com uma pessoa se é possível ter várias em uma só noite?

Mas, chega uma hora, em que toda essa facilidade não preenche a necessidade que temos de ter um Romeu ou uma Julieta. Alguém pra quem podemos ligar no fim da noite, alguém que dá sentido para todos os filmes melosos que assistimos, alguém que ocupa nosso pensamento e que nos faz sentir bem sempre que está por perto. Pena deixarmos diversas vezes o amor escapar por entre nossos dedos feito areia...

Quantas vezes deixamos de viver um grande amor por medo? Quantas vezes criamos imposições que só existem em nossa cabeça pra não admitir pra nós mesmos o medo de sofrer? Mas não é isso o amor: intensidade? Amar não é viver intensamente cada momento e recriar formas de felicidade? O amor não basta por si só?
Não entendo todo esse medo do sofrimento. Afinal não é possível que toda história de amor termine em guerra. Não há nada de errado com o amor e sim com quem ama. Quando amamos alguém tomamos a posse de seus pensamentos e atos e acabamos sufocando, ou simplismente achamos que dizer 'eu te amo' cobre todos os problemas... O romantismo morre, a criatividade o acompanha, a fidelidade entra no mesmo barco e com isso não há sentimento que sobreviva.

Não quero dizer aqui que devemos construir sacadas em nossas casas e ficar embaixo dela recitando versos ao ser amado como fez Romeu. Mas porque deixar que o amor que se doa, que se entrega e que se preocupa em fazer o ser amado feliz morrer? O egoísmo só é bom quando não perdemos tempo e felicidade por causa dele.

E quem sabe nem precisamos ir muito longe... E quando encontramos alguém que nos trate como merecemos porque não se atirar da sacada? Nem sempre um raio cai duas vezes no mesmo lugar. Não creio assim, que seja uma boa idéia arriscar perder algo bom quando encontramos. No final a vida é baseada em amor.

Quando amarmos mais, mais do que a rotina, mais do que ao orgulho e mais do que ao medo, talvez percebamos que Shakespeare não era nenhum louco. Na verdade ele é muito mais lúcido que muitos de nós...

21 de junho de 2010



Quantas coisas na vida acontecem na hora que queremos? Quantos pensamentos que se repetem em nossa cabeça se concretizam?
Um jogo perfeito de loteria acontece por um pensamento perfeito? Ou é simplismente pura sorte?
Afinal o que é nosso destino e o que não é? O quanto realmente controlamos nossa vida e a forma como ela se desenrola?

Assim como eu, muitas pessoas um dia se perguntaram alguma coisa semelhante. Quase que em um movimento universal, ciência, tecnologia e religião tentam explicar a vida. Teorias diferentes para todos os gostos.
Mas no que realmente acreditamos?

Se houver um pouco de crítica em nossa concepção perceberemos que seguimos a teoria que mais nos é confortável, porque muitas vezes pensar dá muito trabalho. Por isso, diversas vezes concordamos com muitas coisas que no fundo não fazem sentido algum para nós.

Mas esse é o barato da liberdade de expressão. Não é preciso uma lógica nem um modelo. Algumas pessoas tem mania de querer que o outro pense com sua cabeça, geralmente estes não aceitam críticas e adoram debates, desde que no final concordem com aquilo que ele defende. Os chamados "cabeças-duras". Isso não é liberdade de expressão e sim tirania de expressão. Ninguém é obrigado a concordar com ninguém, mas todos deveriam ser ouvidos.

Liberdade é quando em toda forma de pensamento se respeitar a individualidade.
Se não for assim nada em sua vida vai dar muito certo... Afinal quem aguenta conviver com alguém que nunca se molda à outras idéias, que não respeita e principalmente que não ouve?
Fórmula mágica: Em toda forma de relacionamento o diálogo é fundamental.

Algo que sempre ouvi é que o mundo é dos ouvintes.E aqueles que ouvem aprendem muito mais rápido na vida. Hoje vejo que essa é uma boa maneira de pensar. Aquele que ouve compartilha, aprende e conhece. E, quase sempre, cresce.

Este primeiro texto é mais uma recepção. Criei este blog por que me expressar em pedaços de papel estava me causando insatisfação. Não pelos olofones - até porque não acredito receber nenhum - muito menos pelos cliques porque talvez ninguém me visite. A razão é: escrevo logo penso. E se penso compartilho.

Nos meus vinte e dois anos, aprendi que o confortável nem sempre é o ideal. Mas crescer sempre é necessário!
E sauber ouvir assim como saber esperar são duas virtudes da vida...